terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Deixem o dinheiro trabalhar por nós

Olá caro leitor.

Já faz uns tempos desde a última vez que escrevi no blog.
A vida agitada e a correria, com muitas outras coisas urgentes de momento, têm-me dado pouco tempo para escrever.
Como o leitor, em princípio, não deve saber, eu vou-me casar em breve e, como explicarei daqui a nada isto pôs-me a pensar naquilo que venho aqui falar.
Como ainda estou em início de vida profissional, não consigo fazer, para já, em pleno o tópico de hoje, mas acreditem que estou a começar.
Mas o que é que ele está para ali a falar? - perguntam vocês. Fácil, ou talvez nem por isso, mas falo da relação activos/passivos do nosso dinheiro.
Mas o que é que é um activo e o que é um passivo? - voltam vocês a inquirir. Posto de uma maneira simples, um activo é algo que gera receitas e um passivo é algo que dá despesas. Um exemplo claro de algo que pode ser ambas as coisas é uma casa. Uma casa pode ser um passivo se a estamos a pagar (por exemplo a casa onde moramos) e, por sua vez pode ser um activo se a estivermos a alugar (desde que, a renda que cobremos seja mais elevada que a prestação do banco). Assim, visto de uma forma muito simples a casa rende ValorQueRende = ValorRenda - EmprestimoBanco, logo temos um activo que rende o ValorQueRende.
Ora como o prezado leitor já se deve ter apercebido, o truque na vida é tentar que os activos sejam sempre superiores aos passivos. Mas agora vem a parte engraçada da coisa, e que tal tentarmos fazer com que nos activos não esteja incluído o nosso ordenado? Traduzindo por miúdos, o ordenado é um activo, sem dúvida, mas o que eu quero propor é que tentemos chegar a um ponto onde tiramos o nosso ordenado da equação e mesmo assim tenhamos um rácio positivo entre activos/passivos. Há vários métodos para atingir este patamar e, logicamente, que quem tem mais dinheiro o pode atingir mais rápido. Mas se tivermos esta linha de pensamento como objectivo, pouco a pouco lá chegaremos e, quem sabe conseguiremos assim educar os nossos filhos neste sentido.
Hoje não vou aconselhar neste sentido com frases do estilo "façam isto", "façam aquilo", mas quero antes que tirem algum tempo de reflexão para melhor pensarem no assunto.
Imaginem só o que é receber o ordenado no final do mês e não ter de tirar nada para pagar empréstimos, contas, etc.. Sabe bem só de pensar não é?

Bons pensamentos em futuros investimentos,

Pedro Carmo

1 comentário:

  1. É sem dúvida uma ideia muito entusiasmante! A dificuldade é atingir esse nível de activos, ao mesmo tempo que se tem outros objectivos.

    Tentando explicar o que quero dizer, por exemplo para os arrendamentos: (1) um individuo têm um apartamento que aluga por €500; (2) pede ao banco um empréstimo de €150k a 30 anos para comprar outro apartamento; (3) aluga esse apartamento por €500;

    Resultado: temos uma renda de €1000, quando a prestação ao banco fica praí em €750. Retirando os valores de condomínios, os impostos para o estado e outros (?), ficamos com uma investimento que praticamente se auto-sustenta.

    Voltando à ideia inicial, a dificuldade está em ter já um apartamento próprio que possa despender para alugar. Para além disso é um investimento a 30 anos, com o risco de haver períodos em que os apartamentos não estão alugados, ou as regras do mercado mudam, ou os preços de mercado mudam como aconteceu agora com esta crise. Ou seja, pode não ser sustentável e é necessário ir buscar dinheiro do nosso ordenado que estava destinado à nossa família por exemplo.

    Dito isto, este também é na minha opinião o caminho a seguir. Procurar investimentos que retornem valor, mesmo que isso não substitua o ordenado. :-)

    Gonçalo Lopes

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